Os suplementos nutricionais ainda são de certa forma estigmatizados. Mesmo sem existir qualquer pesquisa de opinião para servir de parâmetro, quem trabalha na área das ciências da atividade física sabe que a maioria das pessoas ainda têm grande receio de consumi-los. As razões para este “medo” são várias e foram listadas no destaque abaixo. Confira:
– Os primeiros consumidores dos suplementos nutricionais foram os chamados “heavy users” que se constituem nos fisiculturistas e praticantes de exercícios pesados de musculação. Para atender este público, as empresas criaram uma linguagem de comunicação nas embalagens e anúncios direcionada a sensibilizar fundamentalmente quem quer ganhar massa muscular. Esta comunicação atinge este público fiel, porém muitas vezes até assusta o indivíduo comum e potencial consumidor.
– Existem muitos mitos e informações erradas a respeito dos suplementos. Muito frequentemente se confunde o conceito de suplemento com o de drogas anabolizantes, criando um receio ainda maior de seu consumo.
– A falta de informações corretas que deveriam chegar até mesmo aos profissionais de saúde é outra razão deste estigma. É importante convencer a opinião pública de que suplemento é alimento e não medicamento.
– O abuso no consumo de alguns produtos por parte de consumidores mal orientados e o justificado receio de prejuízo à saúde, alimentando opiniões contrárias ao seu uso, também contribui para prejudicar o seu conceito.
– Até mesmo o nome dos produtos que aparecem nos rótulos dificulta o entendimento do potencial consumidor. Quando for possível esclarecer a todos que Whey Protein é a proteína do soro do leite, Maltodextrina é um açúcar de rápida absorção, BCAA são aminoácidos importantes para uma boa nutrição, entre vários outros exemplos, quem sabe o conceito do suplemento possa mudar.
Os suplementos são recursos nutricionais importantes, e seu consumo bem orientado atende a diferentes necessidades, com resultados muito convincentes. A sua indicação não se restringe aos praticantes de atividades físicas, para os quais ele até foi concebido. Com uma boa orientação, os suplementos podem beneficiar crianças em fase de crescimento e desenvolvimento, idosos com necessidades nutricionais especiais, além de ser utilizado para correções de dietas com algumas carências em função de hábitos alimentares inadequados.
A questão é derrubar os preconceitos em relação a estes nutrientes, e as próprias empresas já se dedicam atualmente a desenvolver linhas de produtos com um apelo diferente, resgatando o conceito de suplemento como alimento, com proposta de atender as necessidades nutricionais e também como forma de promoção de saúde.
Fonte: Eu Atleta (GloboEsporte.com)